Costa Rica tem menor diferença salarial; Coréia do Sul tem a maior
Em nenhum país no mundo a mulher ganha mais do que o homem. É o que diz o índice GPG, Gender Pay Gap (diferença salarial por gênero), da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Somente entre os países-membros da OCDE (onde estão Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Coréia do Sul, Reino Unido, Noruega, Dinamarca etc.), a diferença média de salários entre homens e mulheres é de 14%. A OCDE é uma organização internacional que reúne 35 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de mercado. Não são países totalitários ou teocráticos, portanto.
Em todo o mundo, o país com menor diferença salarial entre homens e mulheres é a Costa Rica (1,8% de diferença). O país com maior diferença é a Coréia do Sul (36%).
Entre os países do G-7, os mais ricos do mundo, a distância salarial entre homens e mulheres também é grande. A Itália é o país que apresenta menor desigualdade (5,6%), seguida da França (9,9%), da Alemanha (15,5%), do Reino Unido (16,8%), dos Estados Unidos (18,1%) e do Canadá (18,2%). O país do G-7 com maior diferença salarial é o Japão, com incríveis 25,7%.
No Brasil, segundo o Ministério do Trabalho, mulheres recebem 84% do salário pago aos homens. Em 2016, o salário médio dos homens foi de R$ 2.886,24 enquanto o das mulheres foi de R$ 2.427,14 em média.
O que fazer?
A Bélgica apresenta uma diferença salarial entre homens e mulheres de 6%, mas este buraco já esteve em 15,5%. A realidade belga não mudou naturalmente ou pelas forças do mercado. O país combateu, politicamente, essa realidade. De 2001 a 2006, foi organizado um projeto para avaliar a neutralidade de gêneros das classificações de emprego.
O governo belga incluiu, ainda, recomendações politicas a fim de diminuir esse diferencial. Em 2012, uma lei para eliminação da diferenciação salarial foi aprovada e exigia que a diferença salarial entre gêneros deveria ser discutida em todos os níveis de negociação coletiva de trabalho.